"Se você der um sorriso, cuidado. Podem te pedir os dentes". (Kléber Novartes)
O sábado parecia segunda e a quinta ainda era terça-feira. Aonde foram
parar esses espíritos? O sábado talvez houvesse se confundido e estava por aí
mal-informado...se achava na via-láctea...não se sabia sábado...deveria
construir uma noite...talvez animar algo...incentivar...sei lá...com isso havia
sempre um certo espírito aprisionado...no lugar errado, talvez.
A menina se espreguiçava e se espreguiçava; a boca já estava quase
igual; nem sabia porque fazia aquilo ao certo: tentava roubar, aprisionar, mimetizar,
ficar com aquilo lá... mas não sabia bem o que era aquilo. Pela manhã talvez se
jogasse...no mar mesmo...fugiria do encontro.
A mulher não podia ver espíritos. Tinha que ter escolhido outra
profissão. Era uma feiticeira que decerto tinha ganho algum comando para Ver...tinha
pedido: queria vidência!
E agora tinha medo...tinha até pavor!!! Tudo via. Tudo que via,
amarrava. Tinha muito medo. Muito medo mesmo, daqueles seres. Já havia surtado
da antiga profissão e fazia sinal da cruz para tudo: até para o vento...achava
que via..mas não via...transferia todos que iam lá para a missa...para a
missa...
Missa negra.
Fugira dali, essa mulher. Correra muito. Foram muitas visões. Não estava acostumada com aquilo. Queriam falar com quem? Não sabia mais queria só correr...os
fantasmas lhe esqueceriam...
Até a Evolução se via. O lugar não poderia ficar só. Ela talvez
estivesse de volta.
Estava chocada com aqueles seres: queriam Beleza, pediram Beleza -
comentava. Eram os mesmos de sempre, mas agora possuíam caudas, pés grandes;
orelhas enormes, as asas estavam escondidas...eram loiros...tinham clareado...mas
não viam mais bem...se utilizavam de óculos como se fossem eles insetos mesmo,
óculos de nado...achavam bonita a nova aparência adquirida na Evolução... desenvolviam
algo mas perdiam em inteligência...
...
Não era mais ela.
A mulher paramentada viu outro grupo chegando...meio transparentes...pareciam pertencerem à Idade da Pedra mesmo. Nem eles sabiam aonde se encontravam. Eles chegaram e já se sentaram. Foram simplesmente se prantear. Não poderiam e não queriam e seus mestres também não poderiam:
A mulher paramentada viu outro grupo chegando...meio transparentes...pareciam pertencerem à Idade da Pedra mesmo. Nem eles sabiam aonde se encontravam. Eles chegaram e já se sentaram. Foram simplesmente se prantear. Não poderiam e não queriam e seus mestres também não poderiam:
FICAR SEM DENTES!
Estavam já em vias de declararem guerras mais sérias! Mas...explicaram
a situação para aquela Senhora que lá estava então...a alma das coisas...não pode ser...não pode ser extraída...
-NÃO PODE! NÃO PODE! NÃO PODE!!! Cair o dente não pode! Amolecer não pode! Adoecer não pode! Amarrar alma do dente não pode!!! Trancar o Mastodonte não pode!!!
Mastodonte havia desaparecido e em seu lugar havia surgido a alma de um dente de leite, muito mais jovem, portanto. Parecia que o dente estava só no nervo. Aonde estaria? Em que guerra se encontraria? Ele não poderia abandonar o seu encargo, o seu serviço, que era o de proteger aquele dente.
Viu-se uma entidade numa espécie de jaula. iriam lá conferir se era ele ou não...
-Já soltamos! Mas não sei quem era!
A Senhora se desculpou mas não sabia sobre tudo. Não estava sempre presente, tinha terreiro invadido. De vez em quando, ela mesma era expulsa. Os sósias apareciam e não tinha controle sobre isso. Não era ela quem amarrava de tudo...soltava bastante até...
Os dentes muito falaram e colocaram dúvidas.
-O dente tem proteção, se amarrar a proteção ela vai ficar sem dente...jurou colocar um ouro...a Sra. não vai suportar...não pode amarrar o Mastodonte!!! Ele também pode castigar...
Ela respondeu que sofreu um verdadeiro preconceito e simplesmente era ela uma perseguida!
Mas já iriam cuidar de cada, misticamente. Despachar. Mastodonte iria voltar!
Nos dias de ataque, inimigos colocavam chips para amoleceram suas raízes a já a tratavam como defunto mesmo. Alguém havia se interessado e havia comprado todos os seus dentes. Possuíam em mãos, os algozes, o contrato de arranque de seus dentes e tentavam executar o serviço, de qualquer jeito, mesmo com ela viva. Eram insensíveis aos protestos. Cancelava-se tudo e eram cobrados seguros referentes às agressões.
Não se pode maltratar quem dorme, passar o ferro, sangrar a gengiva só por maldade. Que pagassem por isso!
Viu-se uma entidade numa espécie de jaula. iriam lá conferir se era ele ou não...
-Já soltamos! Mas não sei quem era!
A Senhora se desculpou mas não sabia sobre tudo. Não estava sempre presente, tinha terreiro invadido. De vez em quando, ela mesma era expulsa. Os sósias apareciam e não tinha controle sobre isso. Não era ela quem amarrava de tudo...soltava bastante até...
Os dentes muito falaram e colocaram dúvidas.
-O dente tem proteção, se amarrar a proteção ela vai ficar sem dente...jurou colocar um ouro...a Sra. não vai suportar...não pode amarrar o Mastodonte!!! Ele também pode castigar...
Ela respondeu que sofreu um verdadeiro preconceito e simplesmente era ela uma perseguida!
Mas já iriam cuidar de cada, misticamente. Despachar. Mastodonte iria voltar!
Nos dias de ataque, inimigos colocavam chips para amoleceram suas raízes a já a tratavam como defunto mesmo. Alguém havia se interessado e havia comprado todos os seus dentes. Possuíam em mãos, os algozes, o contrato de arranque de seus dentes e tentavam executar o serviço, de qualquer jeito, mesmo com ela viva. Eram insensíveis aos protestos. Cancelava-se tudo e eram cobrados seguros referentes às agressões.
Não se pode maltratar quem dorme, passar o ferro, sangrar a gengiva só por maldade. Que pagassem por isso!
E parece que haviam fugido de algum arquivo da ditadura, esses torturadores.
-SOLTE O MEU DENTE! (ordenou uma vítima que estava quase com o dente
arrancado pelos da ditadura)
-SOLTE O MEU DENTE! (ela fugira talvez do hospital!)
-Não é porque ele é da idade da pedra que a Sra. vai ficar amarrando o
meu dente!(criança, no consultório)
Aquele dente realmente era especial. Ele conseguia se depreender para
defender seu dono com um porrete para defendê-lo das agressões. Era gordo,
limpo, colossal, enorme, e se vestia com peles de tigre...Era tido como um
dente malino: o ataque era uma defesa! Queriam arrancá-lo dali; dominá-lo, com
essa desculpa: ele estava no seu direito de defender-se e de defender o seu
mestre! Assustaram-se.
Foi amarrado, sem desculpa. Aonde estaria?
Não poderiam nunca. Amarrar os dentes do pessoal. Almas aprisionadas.
Quase dentes arrancados.
PetrinaDhaza, 05/12/2013 02:13 - primeira versão.
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