terça-feira, 20 de novembro de 2012

Ataque: CLUBE DO VENENO

"Quem não tem nada
Não tem nada a perder"
(Millor Fernandes)
Era envenenada e procurava saber de onde isso provinha. Já estava mesmo portando uma mangueirinha no braço esquerdo com um aparelho na mão esquerda, que era sempre guarnecido por veneno pela clone da Ange. J.-uma vencida enraivecida pela perda de poços de petróleo...
-Defunto não náda imbecil!
Parece que furtou na minha infância.
Parece que foi agora.
Não sei. Fui jogada inúmeras vezes. Eles mesmos me chamavam:
-Tu appelles la conne! (Ang*copie)
(-Chama a idiota!)
Mergulhei muito. Mas não sei se tinha equipamentos, era mesmo por acaso...
Não tenho 80 anos! É mentira...diante de pessoas que se diziam com 200, 500 anos...era aceitável (entre eles) que eu tivesse 80...
Com esse envenenamento nem posso conferir ainda essa história. Nem nadar, para manter a forma.
Na “Má” era a tal de “liberação” que me colocava no envenenamento; também os “meus cumprimentos” ou somente “cumprimento” que equivalia ao nosso  “parabéns”. Além desses “lugares” inventaram que o pessoal gostava de se envenenar...de receber um na veia, quem saber para “delirar”, “viajar”...
 Ou seria no lugar “Viúva”? As Viúvas que se apresentaram como tais afirmaram não se envenenarem...
Em outro momento, alguns deles se faziam de “agentes de saúde”, invadiam a casa com uma liga, amarravam no meu braço e aplicavam o dito...tranqüilamente, faziam toda a cena com ares de quem estava medicando...um veneno!
Convenciam a família de que a envenenada  deveria ser tratar fazia tempos...isso logo na minha chegada...
Logo que chegara percebera que existia todo um discurso por trás para que a família não se importasse com tal invasão e/ou apoiasse a tal de “medicação”...existia também a insinuação de que eu teria AIDS...tinha que ir fazer exame...
(Abordaremos o tema em outro momento.)
A fabricação do veneno era “Má”, era M. Swam*, era também a mulher de apelido “Má” (que se dizia da Segunda Guerra), fabricava um ensinado por uma árabe, realmente fatal e forte. Essa fazia os piores. Era para matar:
- Eu só faço veneno para matar! (apelido )
Havia também um  tal de “clube dos suicidas” quem sabe...não sei se haviam me colocado lá...o envenenamento dos pés provinha de onde? Era também Al.Ka.Í...envenenamento por meio de picada de cobras...
-Je mets Patríci* dans tout type d’ataque…(Chapo, do pó e um pó)
(Coloco Patríci* em todo tipo de ataque...)
A “Má” (mulher) era alguém igual à mãe-de-santo...fisicamente...era cruel, muito cruel. Tomava medicamentos para não exalar. Afirmavam que ela já havia partido, mas ataques aconteciam, essa voz era sempre escutada pedindo ataques, vários ataques. Mas só a voz não provava quem era...
A investigação continuava.
Não queria veneno.
-Veneno?
-Não...obrigada..eu não uso veneno...
Tenho querer. Claro que não quero!
-Eu não sabia que aquilo era veneno! Aquele líquido amarelo! (perrime)
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