terça-feira, 20 de novembro de 2012

O espírito do B. It*


Foto: Google.

"Convém não facilitar com os bons, convém não provocar os puros. Há no ser humano, e ainda nos melhores, uma série de ferocidades adormecidas. O importante é não acordá-las".
Nelson Rodrigues

Entravam sempre no It* até a árvore da Batista C.  conseguiu fugir para ir olhar...
Todos sentavam ao redor de uma espécie de máquina de costura enferrujada e ficavam lá olhando...as operações passarem...numa espécie de fita datilografada...olhavam e olhavam...
“É...o pagamento foi feito...”
“É 900 pra lamber! Ela que disse...”
“É...o pagamento sempre é feito...”
“Lambeu?”
“Lá vem o pagamento...” (sentados em torno)
“O trem parava na metade...e, como dependente, a velha (talvez a Aranha) fazia seus saques...não podia nem cogitava que essa pessoa fosse receber...surtava...desmaiava...parava no hospital...Sua discípula, quando ela não estava também roubava...
“Eu que mando. Ela já morreu?”
“Não era veneno...era uma vitamina...mas era amarelado...”
“Tout a resté à la moitié!”
“Ficou pela metade? A operação? Ninguém vai ver?” (enfermeiro)
“NON!” E foi dormir...
Naquele dia a jibóia não estava debruçada sobre a máquina, deu pra ver tudo passar...Só se via gente entrando...por onde sairiam?
Desapareciam no corrimão.

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