sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Nas veias: sobre nutrição.


"A realidade é dura, mas ainda é o único lugar onde se pode comer um bom bife..." (Woody Allen)


Esse negócio de comer achavam ultrapassado e parece que pensavam estar no filme matrix. E daí se era ultrapassado? A gente precisava comer! Como se nutriria?! Recuperaria as forças? Sofrera ataques contra o sangue com uns répteis lhe sugando os braços!

Mas agora compreendera.

Não estava comendo.

O aparelho estava lá, transparente, invisível. Tinha formato de carro, e outras vezes desaparecia. Tinha rotina normal, mas de repente toda refeição evaporava,  desaparecia e parecia que nunca havia feito alguma!

Entraram-lhe em que tratamento para emagrecer?

Chegado ao estômago, via alguém com o rosto de Sean Con* comendo de tudo, todas as suas refeições...fazia gestos até...de quem estava devorando tudo...
Que deixasse aquele estômago!

"Safado, desgraçado, não tem comida na sua casa?!"

Era o aparelho via-láctea! E todas as suas refeições sumiam para o espaço.

Se recusava a largar daquilo, de comer, adorava uma ilusão, e se declarava medíocre mesmo, não tinha problema!

E via tudo...até o arroz caindo para as estrelas!

Contaram-lhe precisar que ela não comesse para que uma limpeza fosse feita. E outro aparelho sumia com tudo já na garganta.

Aquela antiga gastrite, assim, talvez nem existisse, tendo ela sido sempre vítima de aparelhos colocados no estômago. Com isso, eram eles mesmos que liberavam o ácido que lhe causava a dor, os aparelhos, nem sempre visíveis a olhos nus.

Fora daí incluída na alimentação dos astronautas e, às vezes, tomava um cozido nas veias. Ressuscitava, já que tudo sumia.

PetrinaDhaza, 18/12/2013 21:02:15



 

 

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