sexta-feira, 14 de junho de 2013

Nunca Mais

"Malkut é Malkut e basta.
E o que me resta é estar aqui, a contemplar a colina.
É tão bela".
(Umberto Eco, O Pêndulo do Foucault)


Da espera nada falaremos agora. Nem dos chips salafrários. Nem muito menos dos escritores-fantasmas e dos pesquisadores furtados em seu curriculum. Falaremos sim das origens.
No início de tudo existia o pó.
Deus olhou para a criatura e disse:
"Bicha, tu tá aí sozinho, vou arrumar uma companheira pra ti!"
E arrancou-lhe uma das costelas porque muito osso nem lhe ficava muito bem.




MINHA EXPULSÃO DOS ESTADOS


“Derubá, derubá!!!”
(música árabe, de guerra)

Mandaram me dizer, parece que me mostraram papel eu nem liguei. Que horas que penso nos Estados?
Não dei importância.
Acabo de saber do esquema. Primeiro: nos infernizam no nosso estado mesmo. Depois nos convencem de que somos malquistos, muito odiados mesmo. É melhor procurar a imigração! Como nem ligo para terrorismos nem fiz nada. Isto é, nunca pedi imigração, a coitadinha mal-amada! Nem namorado tem! Cadê as relações?
-Olha, eu nem pensava nisso...descanso, me estressei, me esgotei...
-Estão por aí...
-Nunca procurei mas me abordam muito acho, deve ser via cabeça mesmo...para eu imigrar...
Depois o convite insistente, enviado de longe foi para que eu fosse faxinar...
-É para LIMPAR!
-Não é limpa de sistema?
-Não, é faxina mesmo!
-Ah, sou torta, não limpo!!
-E deram passagem pra vocês por acaso?
-Não!
-Piorou!
-E imigração, Ptrc*!
-Não fui lá ainda, mas meu interesse nunca foi o de imigrar...
-Só me mandaram o recado.
Depois de infernizarem em relação ao tema “imigração” e depois da recusa (em ir faxinar!) parece que a pessoa seria expulsa...
E foi o que aconteceu: infernização-imigração recusada – faxina e convite recusados: expulsão!
Daí já me enviaram a imagem de uma casa que seria minha por lá no escombro, porque quem tem patrimônio no local esse é destruído.
Bandeiras teriam sido todas queimadas.  
Não me abalei. Poderia ser só uma maquete, um teste, coisas assim. Detonaram com a tal da casa.

Gr1 chegado, menina expulsa, foi alegremente dormir naquele condomínio com a chave recém-conquistada em mãos.
Cadê a casa?
Não expulsou a menina?
Depois o urubu se confundiu de país e veio me expulsar daqui de casa mesmo. Daí pegou. Não vai rolar, sinto muito. Devolvi o mesmo para ele. Devido aos ataques sofridos contra a minha saúde, espero que ele não volte mais a colocar os pés por aqui!
(Mas já não se sabe mais se era ele mesmo...depois o causo já se tornou problema de família. Enviavam-me imagens de parentes...não...não é...não vai dar...é meu primo?!)
Conta-se que aqui ele aterrissava somente para matar urubus. Fiquei com pena dos urubus mesmo. Cheguei a vetar matanças, cadê os urubus do Vero? Mas parece que estava por aqui o homem (que não gostara dessa sua faceta) e queria expulsar a todos mesmo.
Depois dessa é que soube da guerra declarada: há anos nos declarou guerra (props. catalogados, em investigação; guerra declarada em meados de 2003, suspeito, por causa do surto na aviação) mandou ordens e a guerra chegou à Rede Gló* (tudo pelo programa de terrorismo, acho) e depois ao Planalto. Não estavam nem vendo quem eram aqueles anônimos, quando eu vi toda a minha família estava lá, ora com os seus, nossos rostos apelidados, ora somente com os nossos nomes civis sem imagem (era segurança!). Mas o negócio é que ataques nos ocorriam automaticamente e não entendíamos nada. Nem ligavam. Devia ser rotina isso aí por lá. Aquilo não era nada.
E o homem finalmente contou seu segredo:
Ele se parecia com Santos Dumont. Era certeza de que estava sendo roubado na tal de Reforma (agrária)! Delirava. Mas contava, era obrigado. Tinha que dar satisfações sobre aquela guerra: e foi descrevendo o que faria comigo, espécie de palestra, para que a mulher parasse de defecar.
Há anos que sofre. Tinha gente que já havia lhe jurado.
Daí que nem liguei, estou expulsa dos Estados. E daí?
Não estava... não sei...


PetrinaDhaza (original), 22/03/2014 13:35 e 14/12/2014 22:53:30