"Um dia te pego na curva..."
(o furtado, filosofando...)
A magricela, Vara-pau, Olívia-Palito, Manteiga-Derretida...tinha compromisso. Teve que pegar ônibus lotado. Na parada (de ônibus) achou que não tivesse escolha.
(o furtado, filosofando...)
A magricela, Vara-pau, Olívia-Palito, Manteiga-Derretida...tinha compromisso. Teve que pegar ônibus lotado. Na parada (de ônibus) achou que não tivesse escolha.
Subiu. Foi se esforçando para passar adiante.
Depois dela, no outro ponto, o ladrão subiu também: shortão; sem blusa; seco de gordura; pele lisa amarelada; cabelo preto escorrido, tinha lá seus oito anos de idade; japonês.
Foi na segunda tentativa que ele conseguiu furtar minha primeira carteira de identidade. Na primeira vez, o documento fora encontrado e devolvido pelo pessoal de Icoaraci; na segunda, sofri tal furto. Não sei como aconteceu exatamente. Como o indivíduo sem blusa chegara a me furtar. Mas fora ele mesmo.
Simplesmente pedi cancelamento. Mas o cancelamento só foi efetivado outro dia. Ninguém ligou para o fato, achávamos que isso fosse automático. Fiz outra identidade, o procedimento é corriqueiro.
(A essas alturas não
informávamos mais. Dizíamos estar na
quinta via...Entre os ladrões acontecia uma correria para que a quinta via
ficasse pronta...de identidade...)
Tive problemas. Aconteceu
mesmo o cancelamento? Agora não sei mais...
O japonês ficou moça e roubava vários nomes, inclusive o nome de uma amiga minha da Engenharia...Morom*...ele saiu pelo mundo com o meu nome também e também no encalço das minhas conquistas...
Assumiu cargos, a partir das minhas vitórias em concursos e/ou em seleções, na diplomacia da Inglaterra, Japão, Itália, Alemanha. Fui desconsiderada e sempre tratada com desconfiança.
Talvez, quem sabe...tenha
tomado posse tradicional em algum país...sabia que sofria até desmaios se
tentasse...
Com isso, a minha primeira carteira de identidade foi bastaste utilizada e clonada. De modo que, no exterior, chegamos a ser tidos como “sem documentos”, “com identidade falsa”, “apelidado”, etc. Como se a própria instituição, no Brasil, de emissão de documentos, não tivesse valor.
Foi a questão do “oficial”.
O país precisava oficializar suas instituições, ganhar credibilidade e respeitabilidade. Era questão de desbloqueio de máquinas e não de preenchimento de formulários. Ninguém conseguia porque não tinham direito a esse procedimento.
(Soube então da dívida.)
Aonde encontraríamos isso?
Aonde encontraríamos isso?
Havia também casos em que ocorria furto de nomes antes do nascimento – esse pessoal com algum acesso roubava até!
Só de pensarmos em algum nome ele já era roubado.
Nos bastidores sempre se sabia o motivo.
...
Eram e não eram. Sabiam serem eles as fontes,
mas eles continuavam pobres...Os documentos exigidos nunca estavam completos.
Faltava sempre algo. Nunca poderíamos preencher toda aquela numeração.
Na origem, não havia tais registros. Para
os nossos avós era pior ainda. Não tinha SEG/uP, CP/f, CNP/j...alguns chegavam
a não levarem a sério tais documentações...
Como ganhariam o direito de pagar?
Provariam direitos por outros caminhos, outros registros, quem sabe... A gov. chegara a gritar um “não!” por dentro...mas enfim perceberia que não mais poderia apreender...como se estivesse no comunismo...
Provariam direitos por outros caminhos, outros registros, quem sabe... A gov. chegara a gritar um “não!” por dentro...mas enfim perceberia que não mais poderia apreender...como se estivesse no comunismo...
Foi pensar. Era difícil. Sofria ataques.
Voltara então de um afogamento. Não
entendia porque estava com os cabelos ensopados.
PetrinaDhaza, 30/01/2014 19:05:23
Nenhum comentário:
Postar um comentário