Sinôn.: renunciação e renunciamento.
(cf. renúncia, do v. renunciar.),
in Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa.
Ed. Civilização Brasileira; p. 1044.
Foi muito pressionado pelo Tri*(tribunal atual) para assinar sua renúncia. Parece que tinha coroa... não sei... Não havia entendido bem. Aquele sujeito pobre, com três dentes quebrados, trabalhava na feira; tinha um certo ar galã, mas era um pobre; ficava com olheiras, tinha outros serviços; era um Conde, mas não acreditava. Festas era com ele mesmo.
Na hora da pressão, o Tri* tinha renúncia para formalizar, não era o usurpador o procurado, davam o endereço do feirante...era ele mesmo...a ordem veio de cima...tinha de renunciar...acusaram-lhe de furto de coroa...usurpação...
"Il ne se regarde pas?!"
Ordem liberada...foram procurar...
O pobre...
Quem estava roubando só podia ser aquele da feira...
O do carro branco jamais: era quisto. Freqüentava sempre os eventos, os cultos, era bem apanhado, fingia fabricar medicamentos e as donas-de-casa sempre lhe pediam conselhos e ajuda. Esse era solícito, aquele era amuado...não queria muita conversa...só vendia. Esse era quem causava ele mesmo o problema para depois comparecer como herói.
Então aquele Conde, devido aos maus tratos (bons tratos não significa inclusão nossa na oleação!) e à muita insistência para que renunciasse, invasões à sua casa, leituras de pequenos papéis durante suas refeições, freqüentes balançadas de cadeira, murmúrio de não se sabe o quê, finalmente foi procurar o Juiz.
Esse não fora encontrado. Não sabia mais o que fazer. Agora lhe lambiam no rosto, passavam óleo e sempre portavam um papel para que ele assinasse logo...como era desconfiado...nem tocava o papel...Sofria. Não sabia como proceder.
Mas não sabia se era ele mesmo. Não podia contar essa história. Ninguém iria lhe acreditar. Todos na casa eram desmaiados. Ninguém via aquilo?
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