sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

PIRATAS

"À noite na enseada, fazia calor
Havia barcos e navios, sob um céu sem cor

Corremos pelo convés, pra da cabine constatar
Que os mares são escuros pr´um farol iluminar
Mas ficamos excitados, em poder viajar
Não importa o destino, serve pra qualquer lugar
Pra algum ponto perdido, em algum canto do mundo
Desafiar o oceano e a ira de Netuno

Tudo isso um dia acaba pra de novo começar
Somos moldados a Ferro e Fogo

Com lunetas lá na proa, enxergar novos amores
E trancar lá no porão, nosso medo e nossas dores
Saber onde fica a tal terra prometida
Que vai nos dar o pão e curar nossas feridas
Todos a bordo, o comandante gritou
Suspender a âncora, a viagem começou
Somos bravos, somos fortes, nada pode nos parar
Nem o vento, nem a chuva, nem os segredos do mar

Tudo isso um dia acaba pra de novo começar
Somos moldados a ferro e fogo

Venceremos os romanos e os seus galeões
Seu poder e sua glória, jogar aos tubarões
O vinho pra beber, o vento pra impulsionar
Singrar os sete mares e nunca mais votar
Mas um dia a calmaria aos poucos se fez perceber
Com seu silêncio traiçoeiro não nos deixou mover
Então as nuvens se uniram e o céu escureceu
E o que a gente não queria de repente, aconteceu

Tudo isso um dia acaba pra de novo começar
Somos moldados a ferro e fogo

Lá no alto mar a tempestade desabou
Entre raios e trovões o nosso sonho afundou
E nada mais restou, além daquele desejo insano
De com apenas nossos braços cruzar o oceano
Cada um por si, fique preparado
Estamos tão famintos e boiamos esgotados
Mas quase afogando, o desejo não termina
Pois navegar a esmo, talvez seja a nossa sina

Tudo isso um dia acaba pra de novo começar
Somos moldados a ferro e fogo."

(À Ferro e Fogo, Camisa de Vênus) 


Chegaram singrando os mares...aproando...a turma ancorou...estavam fugindo da Europa lá pelos fins da Idade Média... era também para explorar novas terras...mas não participavam do Oficial. Vários ficaram por aqui mesmo...os portugueses chegaram depois...piratas chegaram também e ficaram um pouco lá pela Ilha...outros ancoravam pelo Curu, eram brancos e sonhavam, após um certo tempo de estadia, em chegar ao hoje Ver-o-Peso...
-C’était près de la mer...(Chapo)
Le Chasseur só foi explorar o mato depois. Era um lento. Mas cozinhava. Foi assim que sempre se salvara das perseguições. Havia Chapo, sua mulher, e  Chapeau – esta não chegara com eles e morava mais afastada, no centro - mais próximo do mar do que esses que estavam no Curu...Ela chegou primeiro e conquistou um caminho todo seu: a hoje Almirante Barroso. Parece que a BR, que era mais perto do Curu., fora demarcada pelo Chasseur...não...foi pelo Lobo...era mais veloz..ele que conseguiu. Não sei...
As roupas eram todas fáceis de serem costuradas, um roupão, poucos cortes, quase um saco.  Os sedentários usavam vestidos (todos, homens e mulheres) com um recorte repicado nas barras. A cor vermelha era muito disputada: era uma novidade. A cor vinho também era utilizada.
-C’était un type de rouge…(alguém do bálsamo)
E como essa turma conseguiu  se virar ficaram pela Amazônia mesmo. Piratas iam e vinham. Não tinha, porém, El Dorado, nem tesouro...nem pré-sal...só contemplação...
Mas ativavam a economia...

 
 
 
 

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