terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sapos da “Ré.”



Oh! que formosa aparência tem a falsidade! William Shakespeare


Trabalhou o dia inteiro escondido. Não sabiam como chegar lá, esse pessoal normal. O cargo era dele mesmo. Tinha contrato e tudo, competência...mas não tinha registro de existência.
Ele saía do pântano bem apanhado e fazia muito das suas...eram belos...mas sempre havia algo que não sei...
Klauss era um executivo bem sucedido e trabalhava nessa situação. Qualquer um que o visse diria que ele era um original; quem sabe até alguém da realeza...era muito bem apessoado...
Mas diante de alguma situação periclitante, se sentia sufocado, ameaçado, enredado, saía correndo e entrava em um lago...(para recobrar forças?)
Oriundi.
Sentia-se bem, talvez. Ficava verde e por lá permanecia. Vários chegavam após ele. Possuíam coroas; cetros (de material suportável); beleza; e iam entrando...e iam sumindo...sumindo...engolfados...
As ‘bás” (mulheres batráquias) eram umas malvadas; tinham alguma autoridade; eram convincentes; mas estavam sempre usurpando...viviam com registros alheios por algum tempo...depois desapareciam...tinham que correr...alguém chamava...iam esverdeando...enverdeando-se...afundavam-se no lodo e depois só se ouvia:
“Je suis là!
Je suis là!”
Descobriu o que faziam: cópia de tudo, bailes, reuniões – tudo. Mas eles não poderiam enxergar a eles mesmos ou surtariam; o lago ficaria em perigo.
Eram um eco da nobreza.


 
Ps.: Sapos tocam bandolim, viola, são alegres, mas também se lamentam...não discriminamos tais.
 

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