sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O SantoAnderson

"Num banco de praça
a sombra de um velho assombra
o vento que passa".
Luciano Maia.

Eu não queria dizer o nome do santo...então decompomos assim.
Sofri picada lá. Ninguém me socorreu...não deu em nada o cartão enviado...
Após - em tese - termos doado nossos bens para a Igreja (Má), através da representação de falsos parentes, realmente eles se tinham como o supra sumo da cocada; os poderosos; os manda-chuvas; os ricaços...teriam adoecido os representantes?
Conseguiam importunar em todo canto e até no Carnaval palpitavam...sempre revestindo...vestindo...
Tinham certeza de que o assunto era negócio encerrado...agora era só acabar com o resto...
Achavam que fôssemos subordinados deles. Empregados mesmo...
Nunca obedecíamos. Éramos sempre jogados no mar.
O SantoAnderson não ia pra frente. Não entendiam qual seria o motivo...parece  que não souberam preencher corretamente os formulários...
A empresa ainda estava irregular. Era escritório. Era o sonho deles chegar na bufunfa...metal...
Mas se um bloco chegasse talvez saíssem correndo dali*. Ficavam nervosos. Sufocados...
Tudo foi desaparecendo nesse banco e depois parece que até o décor já se ia - era emprestado pelo pai da pretensa...
- Nesse lugar não tem lugar para santo...(comentava o operário que fora carregar os móveis...)
Disseram isso ao apelidado como Papa XV...e este não conseguia compreender...estava tudo em ordem...fizeram ABN (a velhinha) sair correndo e agora estavam lá...aprumados...mas já iriam levar? Não entendeu nada...
Mandaram o homem do seguro embora. Era fofoca.
"Papa XV" foi embora. Tinha feito plantão.
-On a crée cette banque...ça a été un hommage à un saint..." ("Pape XV")
Criamos esse banco...foi homenagem a um santo...("Papa XV")
Os funcionários não podiam falar. Atuavam em segredo. Iria dar certo ainda. Tinham feito juramento e eram todos do bálsamo (do "bal.") Não haveria discórdia.
O registro de todos eles (dos sócios) eram iguais.
Todos se achavam "banqueiros".

(*Com razão, agora o bloco explodia em segundos, era bomba, era pra sair correndo!)

Nenhum comentário: