terça-feira, 7 de julho de 2009

Libertação

"Libertação". P.I.G.S., 2008.
Libertação
"Se assim foi, assim pôde ser; se assim fosse, assim poderia ser;
porém como não é, não é. Isso é lógica". Lewis Carroll.


Há momentos de sono da alma, em que, na verdade, o sonho e o tele transporte lhe salva, inclusive da dor. Quase não suportou. Nem sabe o que ocorreu. Poderia até ter cedido na opressão. Mas o que é seu, é seu e não deve se desculpar por isso. Nem muito menos ceder ao mal.


A verdade ressurge e deve ser o que permanece e ninguém acredita nela (sorte a sua). Porque:


A máscara mais segura para um esconderijo será sempre o que é mais evidente: a verdade. A nudez de uma revelação não convence, pois anda de sandálias. Do passado, ninguém se lembra, ninguém viu. Nem querem saber, vale o que se vê nas aparências e somente o capital. Vale o argumento do vil metal. Ouro de tolo.


A mentira saiu correndo, fugiu. Ilusões são voláteis. O que é forte permanece, como uma árvore centenária, incrustada na terra. Guarda, segura, sua posição.


É a Guardiã do portal. Fica lá, muda, secreta e inteira. São barrados todos os mal-intencionados. Os dias passam e ela permanece. Vem a noite e vem o dia, vem a aurora e o crepúsculo, e ela permanece. Até chove e faz sol, de repente. E ela não se desgasta porque está em si. Portadora de um pergaminho que lhe fora concedido em segredo. Em dias imemoriais. Mas ele só tem valor para quem é daquele mundo, outros não dão a mínima para tantos sussurros e palavras ditas ao ouvido. É Força para sempre. Embora vigilante e de olhos bem abertos, espera que agora tenha direito aos seus merecidos dias de tranquilidade e que ninguém mais ouse desafiá-la para duelos mortais.


Seria fatal.


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