quinta-feira, 9 de julho de 2009

Belém do Pará Aprazível


“O tempo tem tempo de tempo ser,
o tempo tem tempo de tempo dar,
ao tempo da noite que vai, correr,
o tempo do dia que vai chegar”

(Rui Barata)
Adoro minha cidade. Estou aqui pela primeira vez achando que permanecerei após o meu retorno em dez anos. Porque sempre tenho as malas prontas. A chuva que cai repentina é fascinante. Nem permite que o sol parta. Chuva com sol. Os passantes nem se importam e caminham na chuva. Nem dá tempo de abrir o guarda-chuva. É cidade-família. Ninguém quer se separar. Quando casam, avizinham-se para não se perderem as memórias. Tem energia peculiar. Linha do Equador. Tem gente que não acredita mas eu acredito. Nos renovamos. São os mistérios da Amazônia. De energia baixo-astral (me disse um amigo) só tem o "Igarapé das Almas". Também com esse nome... Eu nem quero saber aonde isso fica. Estou por aqui. (Sei lá, entende, mil coisas). As praias nesse mês prometem. Os múltiplos olhares daqui nem se comparam com os de lá. Cada lugar com seu conjugar. Aqui se conjugam tradições orais e conflitos atuais, é divertido ouvir as histórias paraenses. Espero também o Círio de Nazaré. Minha cidade tem açaizeiros, bacurizeiros, cupuaçu, pé disso e daquilo. Bacuri também é nome de gente. E é heresia misturar o açaí com granola.
Hoje não quero drama. O dia está muito bom.
De trágico só o meu bolso.





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