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Imagem Eremita: Google. |
"A abelha atarefada não tem tempo para a tristeza".
Quando a alma se defronta com o horror, se cala. O grito é dado para dentro e não há nada a ser dito. Se está diante do incognoscível, do inominável, do terror mesmo.
Há que se respeitar os limites. Guardiões invisíveis atemorizam os incautos: lhes impedem as entradas, defendem segredos perdidos e os raptos dos pergaminhos.
A estrada é escura. Os passos são retos e nem sempre vigilantes.
Há que se respeitar os limites. Guardiões invisíveis atemorizam os incautos: lhes impedem as entradas, defendem segredos perdidos e os raptos dos pergaminhos.
A estrada é escura. Os passos são retos e nem sempre vigilantes.
Há sim que se respeitar fronteiras. Toda instituição tem suas sombras. Seus guardiões invisíveis estão lá.
Então o peregrino entra em todos os lugares e nenhuma ameaça funciona. Nenhum decreto de morte chega ao fim. Todas as maldições se desvanecem já que não são justas. O peso é transmutado em leveza.
Ora, se trata de seu lar e são eles os hóspedes. Elementos impuros. Não há como impedir os passos de quem veio do centro, do oco do mundo. Suas pisadas nem são ouvidas, nem seu coração, que bate tão lentamente. Reconquistou o vôo e mesmo quando caiu em armadilhas profundas, os seres lhe levantaram, lhe retiraram do fundo, sussurraram-lhe aos ouvidos e o sussurro “força…” lhe inundou o ser, os pulmões e as narinas, e ela (a pessoa) ressurgiu, flutuante, inacreditável. Tal como a ave Phoenix, mas ressurgida das ondas.
Quatro olhos a testemunharam naquele não-momento, a contemplaram assustados e em vozes mais sentidas do que ditas lhe disseram que aquilo tudo era fora do comum. Horror, horror…
“A carne larga os ossos” – diz o ritual. E os ossos, inexistentes, já não servem para mais nada. Derretem-se ao sol. E a nuvem cinza esconde o drama. Um vidente teria visto um corpo refletindo dourado pisando leve no verde-musgo. Subindo, subindo, sob gritos de desespero que vinham do alto, longínquos e inenarráveis. Saberia que algo inacreditável e impronunciável havia acontecido. Mistério.
“Não…não, não…ledo engano” – refletiria. “ Somos loucos” – concluiria. Fora apenas uma impressão fugaz, passageira.
E o tempo seguiria, incólume. Retomando seus ponteiros e suas enganosas linhas.
Para o peregrino, pouco importava, voava ainda mais e tudo isso agora era seu e de mais ninguém.
Sua pedra é que sabia.
Ora, se trata de seu lar e são eles os hóspedes. Elementos impuros. Não há como impedir os passos de quem veio do centro, do oco do mundo. Suas pisadas nem são ouvidas, nem seu coração, que bate tão lentamente. Reconquistou o vôo e mesmo quando caiu em armadilhas profundas, os seres lhe levantaram, lhe retiraram do fundo, sussurraram-lhe aos ouvidos e o sussurro “força…” lhe inundou o ser, os pulmões e as narinas, e ela (a pessoa) ressurgiu, flutuante, inacreditável. Tal como a ave Phoenix, mas ressurgida das ondas.
Quatro olhos a testemunharam naquele não-momento, a contemplaram assustados e em vozes mais sentidas do que ditas lhe disseram que aquilo tudo era fora do comum. Horror, horror…
“A carne larga os ossos” – diz o ritual. E os ossos, inexistentes, já não servem para mais nada. Derretem-se ao sol. E a nuvem cinza esconde o drama. Um vidente teria visto um corpo refletindo dourado pisando leve no verde-musgo. Subindo, subindo, sob gritos de desespero que vinham do alto, longínquos e inenarráveis. Saberia que algo inacreditável e impronunciável havia acontecido. Mistério.
“Não…não, não…ledo engano” – refletiria. “ Somos loucos” – concluiria. Fora apenas uma impressão fugaz, passageira.
E o tempo seguiria, incólume. Retomando seus ponteiros e suas enganosas linhas.
Para o peregrino, pouco importava, voava ainda mais e tudo isso agora era seu e de mais ninguém.
Sua pedra é que sabia.
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