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Imagem Niké: Google. |
"E no silêncio uma folha caída,
uma batida do remo a passar."
uma batida do remo a passar."
(Rui Barata)
Busco a vitória. Alada, concludente. Procuro-a, mas sem concentrar-me no ego. Ela sai pelos pés e pelos poros da pele. Serpenteia pelo eixo e sai pelo coroa. Há profundeza na superfície e em tudo que parece simples demais, sem ritual, sem complicações. Em busca, recebo. E não possuo o que recebo. Não é meu o que emana e explode em sintonia com o universo. As vibrações da natureza abraçam-me e já não estou só. Tudo emana e tudo é Um. E o Um está em Tudo. Ele sopra e sai e entra. Notas musicais ecoam de todo o universo e basta ouvir, que não há mais dor nem mistério. Comungamos do OM – o som do universo. Fica tudo em harmonia já que se é apenas um ponto num imenso universo, galáxia, dimensões. Sem as ilusões que alimentam o ego humano agora é só deixar fluir por todo o corpo e não só a mente. Ishtar dissolve-se em água divinas. Flutua como uma estrela de cinco pontas, humana, de pernas e braços abertos indo e vindo ao gosto da maré. É e não é fragmento. Pronta para a morte, sempre. A deusa Niké conduz a viagem. Toca o anúncio fúnebre e ele é triste. Há dois mortos mumificados... talvez um dia despertarão...E o toque melancólico atinge-me como um pranto de saudade...
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