sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Tarântulas, aranhas...reconhecimentos. Das relações. O cobrador.



"Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."
O ataque da tarant.

Tinha batráquios de aranha a retirar...horror! Chegavam a lhe picar na garganta, crescidos com líquido não-permitido, para que o truc fosse visto e retirado...mas achava aquilo uma falácia!

Retirou um sapo.

Ela não era um sapo, mas dormia e começava a coachar.

Depois apareceram outros tipos de monstros, nunca jamais vistos. Teriam sido colhidos no espaço? De alguma forma haviam sido reduzidos a um chip, não acreditava que convivesse há anos com monstros na garganta.

Chegavam a criar em laboratório gólens de animais que se agigantavam...tudo pela diversão!

Saiam e em pouco tempo já estavam andando e daqui a pouco já iriam findar. Ela iria dizer que era tudo uma brincadeira, mas não...sofremos com aquilo! Que parassem, não era nenhum ET para aceitar um lance daqueles!

E a Tarant. disse:

-Eu vim só para retirar...quem teria coragem?

E lhe retirou uma da garganta e aparelhos - lhe contaram -  a coisa se agigantou e fora embora com aquela tarântula colada no traseiro...

O pessoal que não se doava, também por raiva e resistência, eram vistos em surto, de repente...jogavam-se no chão de quatro e se via uma tarântula colada em seus traseiros...tudo virtual...falavam com muito ódio...que não se mexesse com eles...eram uns convictos!

Não...estavam mesmo portando...até que lhes retiraram o bicho...sem imprecação nenhuma!

Achou que fosse macumba...pensou que possuísse mesmo uma tarant. como se fosse um espírito protetor no seu carrego...

-Não tem isso?

Ocorria  também com isso a questão do reconhecimento. Faziam lá um tipo de oração, murchava com aquilo e entrava não se sabe aonde...a pessoa sempre queria saber se ela era...se fazia parte...nesse caso ela procurava as tarant.

Tinha reivindicado o direito de não-namorar. Parece que as aranhas não se doavam, era por isso. Com isso alguém deveria ter-lhe indicado...Tinha fama de difícil...sonegava a todos e odiava todo mundo naquele momento...

Com isso, lhe colocaram para as aranhas...não fazia...
Foi assim que quase ganhara um arak no nome!

Tinha achado legal...iria para um treinamento somente com teias...tinha que combater...achou que fosse emoção e aventura e, com isso, não achou nada demais naquilo...

Outros lhe procuraram. Para saber se ela era:

Neve...

Falavam que ela era fria e insensível...

Peixe...

Falavam que ela era filha do peixe...

Mas descobriram...não...ela era de outro tipo.

E descobriram que ela chegava a criar teias de aranha...mas não...não suportava tanto assim...o teste era justamente limpar bastante as partes da  pessoa, retirando-lhe problemas para fazer e depois ela deveria ficar mesmo sem fazer...muitos surtavam ou todos surtaram...viu-se o pessoal falando com ódio...a aranha no traseiro...mas não iriam fazer! Tinham afirmado que quem lhes comandava era a cabeça de cima...

 Mas depois não achou mais interessante: viver para ficar com as partes todas fechadas não iria dar... para aceitar...à noite, elas se fechavam não importava como, para que ninguém mesmo as achasse...era bem assim. Nem que fosse com pedras...

Também gostavam de um leito sujo e mandavam empoeirá-lo bastante. Chegava-se também a comer poeira e pedra, para que a pessoa se sentisse entre elas...O enfeite com tarant. nas extremidades da cama era um convite para entrada nesse mundo, no das tarant.

Depois lhe disseram que as aranhas matavam e isso talvez fosse anúncio para matar...então teve que contar:

Não, não era lésbica. Já havia feito. Com homem mesmo.

-Olha, eu também já fiz, olha...

-E sou a favor do vibrador...

-ENTÃO ELA NÃO É TARANT.!!! (exclamou a juíza das tarant.)

-Ela não é então?

-É pra ela escrever...

PetrinaDhaza, 21/12/2013 22:49:48 e 09/01/2014.


Era uma vez...o cobrador.







"O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso".
Friedrich Nietzsche
Era verão, era inverno, era primavera. Os ipês estavam todos floridos. Prosseguia com suas rotinas intelectuais, parecia estar tudo normal. Fazia esforços para assimilar textos novos.

Mas fora invadida e não havia compreendido. Vira um vulto correr rápido de sua casa, um magro, muito branco, não o conhecia, estatura mediana. Depois achou que não, havia sido uma impressão, somente. Trocava sempre de chaves de tempos e tempos e havia aprendido a fazer barulho a partir da porta, a partir da colocação de um alarme barato. Realizava o sonho americano de morar sozinha! Havia conseguido afastar muitos, não gostava mesmo de certos tipos estranhos de assédio. Já observava isso naquela época. Parecia mortal. Ficava desconfiada. Contavam ter havido uma verdadeira batalha naquele distrito para afugentar elementos do tráfico, inclusive com explosões de carros, criações de armadilhas, fugas imprecisas, chegada até da PF.
A PF fora obrigada a comparecer. De vez em quando achava que havia sido jogada na rua, durante uma chuva, largada ao lado da lata de lixo. Ficava ensopada, era chuva mesmo e era jogada, e aquilo havia se transformado em rotina!
Achava que estivesse sonhando, tendo pesadelos intermitentes, sendo, de alguma forma, cercada.
Sensação de que brigara, lutara muito e aquelas sombras estavam a ponto de matá-la! Até que, depois de serenata barulhenta, em que eles cantavam alto, bêbados, como se fosse mesmo uma despedida, o inferno parece que desapareceu, de repente! Mas achou mesmo que aquele aglomerado bruyante fosse mesmo acabar com ela. E, como por milagre, subitamente a bandidagem evaporou.
Não sabia como, o ar estava mais leve e agora os pesadelos haviam passado.
Eis nos longe então dessa luta. Não, estamos na mesma luta? Os perseguidores acabam de lhe encontrar novamente. Deve ser acerto, para as nossas, dessa vez. Daquela vez, os imbecis sumiram, mas continuamos todos pobres. Eles saíram de lá mais ricos, não se sabe como e nós apenas continuamos com nossas rotinas.
Eles fugiram para os Estados.
Eles foram expulsos dos Estados.
Aqui estamos nós perto de outra festa. 
Não temos obrigações.
...
A loura entrou em sua casa e encontrara o solitário estudante dormindo. Era da Polícia, falara algo e portava já as algemas para levá-lo. Ele não acordava. A loura havia bebido muito no bar ao lado, para criar coragem.
Falavam muito mal daquela habitação e aquele sujeito, altamente psicopata, já havia matado muitos e ela seria a próxima. Tinha já até apelido novo e havia ganho qualificações como o de bruxo, macumbeiro, algo assim. Tinham construído uma autoridade para a casa e para ele, de modo que ele se orgulhava de ser respeitado, mas era difícil arrumar um namoro, naquela cidade, todos sumiam, não conseguiam construir relações mais duradouras. Corriam dele, não podia falar seu nome ou dizer aonde morava. Passavam mal e saiam correndo.
Estava ficando carente.
Aquela loura parecia uma solução, não acreditou naquilo, seria  trote de algum amigo? Não iria mais falar na internet, tinha paranóia com invasões.
Achou que fosse jogo. Simplesmente retirou-lhe as algemas, foi ele que a prendeu sorridente no espelho da cama e enfim não cultivou mais teias de aranha! E o sobrenome como Arak desapareceu!

Isto é: não passou.
...
Muitos anos  mais tarde, soube então que era tido mesmo como presidiário e que aquele serviço era sério!
Iriam levá-lo ao presídio como “con” mesmo, aquela turma do bar ao lado!
Agora lhe contaram também que possuía muitas dívidas e que aquele serviço era simplesmente de cobrança. Faziam isso com a pessoa: eram só humilhação! Envolviam somente para prender, machucar, magoar, davam e puxavam o tapete ao mesmo tempo, faziam jogo. Davam atenção, ao mesmo tempo que desprezavam, olhando para o tempo. Era um exemplo.  A pessoa tinha ido lá...somente para humilhá-lo até que pagasse! 

Ele era sempre apresentado como alguém desqualificado...não se sabia como sobrevivia...como morava ali...

Perto da nova paquera ele realmente se sentia inferior. 
E havia sempre a tal de dívida.
Que não lhe beijassem então: ficaria com raiva.
PetrinaDhaza, 21/12/2013 23:44:53 e 09/01/2014.









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