segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Funcionários perfeitos.


 
 
"O sorriso que ofereceres, a ti voltará outra vez".
Abílio Guerra Junqueiro


Os gólens estavam por lá e aí que o problema então deveria ser a falta de funcionários. Mas estamos todos aqui e não fazemos nada. Eu me predispus e tentei entrar para um grupo de japoneses. Queria ganhar um “ao vivo”. Mas me descobriram lá e  logo sofri discriminação. Nem fiz nada e já fui demitida. Tinha veto. Tinha ódio. Não cheguei em nada. Não consigo entrar para o tal de “serviço”...

Conseguiam em alguns setores “ligar” de repente todo um corpo de funcionários. Eles faziam todo tipo de cena, tinha gente tomando café, outros cruzavam as pernas em conversa com gerentes. Fingiam resolver. Mas estranhamente, nada funcionava. Não entravam em nada, lhe parecia. Era barrada e perguntava:

-Cadê o papel? Não estou vendo nada disso! Cadê o papel?!

-Estamos sem sistema. Daí que a Sra...

-Mas nunca tive acesso! 

Eles pareciam uma instalação mesmo. Olhos metalizados, pele esquisita. Brancos demais. Inchados. Se apertássemos seus braços, talvez desmaiassem. Era um tipo de porosidade, mas eles eram toda uma cena. Estavam interligados. Não me entendiam mesmo!

Desligaram a instalação e todos desapareceram.

Chegaram os robôs mas esses eram sempre descobertos, queimados em algumas funções. Alguns saíam correndo depois de se darem conta aonde estavam. Viam tudo de uma forma diferente e jamais entendiam nossas frases. Ouviam sempre outra coisa.

Sem conseguir resolver nada,  fora encerrada.
...

Tinha instalação, robôs, criação de gólens...

Esses rapidamente cresciam e já iam trabalhar, o problema era esconder a mutação. Era sempre uma mistura de gente com bicho (horror!). A pretensa “dona” do  banco tinha asas e traços de tarant.; outro já escondia a orelha que era muito grande; a outra possuía uma espécie de saia com penas no traseiro...era filha de uma galinha...

Era para aparentar normalidade sempre.

Para se manterem sempre jovens furtavam um tal de “mistério gozozo”. Bebiam as mulheres e seus óvulos. O mistério gozozo não era o gozo, era um líquido da mulher, contido nas pernas. Também colhiam (furtavam, com base num falso decreto) o próprio gozo, ejaculação, esperma...vários líquidos humanos que eram tomados pelos gólens para que continuassem.

-Tem que queimar isso e não pode mais retirar nada! Ela não vende, nem doa nada! Não vai ficar sem vitalidade!

Nem ligavam e continuavam o furto, ficavam exaurindo o pessoal, em nome de um pretenso “tratamento”.

Com o esperma esses monstros eram crescidos, retirados de várias barrigas, alguns saíam até da garganta, como o monstro “Infinito”...que mais parecia um calango...

-Ela iria ficar sem garganta...até que lhe retiraram o monstro...

Para nós era a guilhotina certa, mas falsos humanistas não queriam aceitar, e fugiam com a criatura sem cérebro. 

-Vá para longe! Muito longe! (gritava a Tarant. para uma aranha com pernas.)

Para nós era sempre recusado isso ou envelheceríamos mil anos. Falava para seus cabelos brancos que apareciam virtualmente:

-Está sempre recusado!

E os seus cabelos pretos voltavam.

-O Sr. quer criar uns monstros sem cérebro? (perguntavam para um padre )

-Quer tentar nos matar?

-Não pode mesmo!

Eles não tinham cérebro, mas eram “pilotados” por vários. A partir da presença de uma espécie de cadeira, em prata, que suportava a parte de trás do corpo. O controlador falava num microfone, e eles tudo repetiam, então não parecia que eles tivessem algum problema. Quando se conseguia retirar a tal de “cadeira”, alguns desapareciam mesmo! Sem deixar vestígios.

Na maioria das vezes se chegava à tal de Valent*., dando ordens.  Era uma grande maldade então tudo que a máfia fazia.

Chegavam a envolver a vítima, criar todo um clima de sedução, somente para que fossem às vias, então no ato do prazer, aparecia a dama da Cincup ou outro empregado, com uma louça prateada, ou com um aparelho, apenas  para lhe seqüestrar aquele líquido...

Outras vezes se chegava à bruxaria, através da clone da Mãe de S*, então tudo continuava sendo uma grande maldade, fazia-se a amarração entre um elemento do tráfico nada a ver e outra pessoa dita “normal”; não dava nada certo; então se colocava o tal de casal numa espécie de “instalação” e uma paixonite intensa surgia.

-Eu só penso em você...

(A rede inteira?)

De tanta paixão, em seguida, acontecia uma sugação dos líquidos dessa pessoa para manutenção da vitalidade daqueles monstros...

-Ele está me bebendo...

(Não gostaram, os elementos do tráfico, dessa autora, tentavam lhe “fechar” com azeite queimado e sujo, a mulher sob ordens de algum malvado tentava isso...mas fora descoberta e morrera, tendo ficado presa em óleo quente. Não sei se irá voltar...)

Era também  a “ocupação” do fantasiado como padre de apelido furtado de outro padre, o Lebr*!

-J’ai pensé qu’il était explosé! Comme ça je  l’ai volé!!!” (davas risadas o padre-ladrão)

-(Pensei que ele estivesse explodido e lhe roubei!!)

O Lebr* clone, preferiu outros funcionários e chamou uma da espécie Ange, talvez uma gólen, de qualquer forma era ela que agenciava:

-Je veux d’autres fonctionnaires...je n’a pas aimé ça!!! (quero outros funcionários, não gostei desses!!!! - e mostrou um grande volume de reclamações de bancários em greve.)

-On travaille avec des enfants...

(Nós trabalhamos com crianças.)

-Les golens vont mourir déjà?

(Os gólens já vão morrer?)

-Les liquides vont finir!!!

(Os líquidos vão acabar...)

-Non, on ne peut pas les tuer!!! Ces humains!!!

(Não...Não podemos lhes matar!!! Esses humanos!!!)

...

Em uma casa às proximidades:

-Tá aqui minha ejaculação...tá? Tá tudo bem...(e entregou-lhe um saco contendo o líquido...)

E foi em outra casa:

-Aqui não tenho nada para lhe doar...não...fique com essa cobra que tá aqui dentro do meu braço...só tem isso...tem sangue na cobra...

E chegou a dama do Cincup com uma mangueira prateada, não perguntou nada e já ia lhe enfiando aquilo:

-Ça ne marche plus, pourquoi?

(-Não funciona mais porquê?)

A mangueira não chegava nela. O aparelho nem ligava.

-Vetei e não pode mais!!!

-Custa quanto? (perguntou o japonês)

-Não tem dinheiro que pague!!!

-Saúde não tem preço!!!

-Les golens vont mourrir...-refletiu o japonês.

-(Os golens vão morrer...)

Os gólens envelheciam rápido mesmo e não éramos nunca a favor de tais monstros. Alguns haviam sofrido hipnotismo para acharem que eram gólens. Mas já era outra situação. Choravam por causa da falta de atenção, de mingau, de carinho, um abraço, aquele trabalho era muito penoso...exigiam muito deles.

...

Na sala da administração do banco:

-C’est tout correct!!! Ils arrivent!!! (festejou o clone-Lebr*, depois da assinatura de um contrato com a série Ange*)

E conseguiu seqüestrar várias crianças para o trabalho. Seria o seu exército! Mesmo ela própria não sabia mais quem era...se era uma instalação, um robô, um gólen, ou uma “esticada”! Mas não pensava mesmo...e foi embora.

Engravataram as crianças e lá se foram eles. Passaram-lhes crianças por um aparelho e já saíram de lá maiores, com os seus lá...uns 20 anos...

Se espalharam. Se reuniram com o santo. A porosidade da pele era diferente, evidentemente que não possuíam digitais. Não era para trabalhar perfeitamente. O padre realmente tinha medo das máquinas. E não estava lá para trabalhar...de fato.

E ficaram por lá, lindos, os projetados...nenhum problema na face, ninguém perceberia...

A Valent* que fazia a guerra, toda magoada, era uma filha dela, esticada.



PetrinaDhaza, 21/12/2013 14:56:23 e 06/01/2014 às 21:23.


 

 

 

 

 


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