"O sorriso que ofereceres, a ti voltará outra vez".
Abílio Guerra Junqueiro
Os gólens estavam
por lá e aí que o problema então deveria ser a falta de funcionários. Mas
estamos todos aqui e não fazemos nada. Eu me predispus e tentei entrar para um
grupo de japoneses. Queria ganhar um “ao vivo”. Mas me descobriram lá e logo sofri discriminação. Nem fiz nada e já
fui demitida. Tinha veto. Tinha ódio. Não cheguei em nada. Não consigo entrar
para o tal de “serviço”...
Conseguiam em alguns setores “ligar” de repente todo um corpo
de funcionários. Eles faziam todo tipo de cena, tinha gente tomando café,
outros cruzavam as pernas em conversa com gerentes. Fingiam resolver. Mas
estranhamente, nada funcionava. Não entravam em nada, lhe parecia. Era barrada
e perguntava:
-Cadê o papel? Não estou vendo nada disso! Cadê o papel?!
-Estamos sem sistema. Daí que a Sra...
-Mas nunca tive acesso!
Eles pareciam uma instalação mesmo. Olhos metalizados, pele
esquisita. Brancos demais. Inchados. Se apertássemos seus braços, talvez
desmaiassem. Era um tipo de porosidade, mas eles eram toda uma cena. Estavam interligados. Não me entendiam mesmo!
Desligaram a instalação e todos desapareceram.
Chegaram os robôs mas esses eram sempre descobertos,
queimados em algumas funções. Alguns saíam correndo depois de se darem conta
aonde estavam. Viam tudo de uma forma diferente e jamais entendiam nossas
frases. Ouviam sempre outra coisa.
Sem conseguir resolver nada, fora encerrada.
...
Tinha instalação, robôs, criação de gólens...
Esses rapidamente cresciam e já iam trabalhar, o problema era
esconder a mutação. Era sempre uma mistura de gente com bicho (horror!). A
pretensa “dona” do banco tinha asas e
traços de tarant.; outro já escondia a orelha que era muito grande; a outra
possuía uma espécie de saia com penas no traseiro...era filha de uma galinha...
Era para aparentar normalidade sempre.
Para se manterem sempre jovens furtavam um tal de “mistério
gozozo”. Bebiam as mulheres e seus óvulos. O mistério gozozo não era o gozo, era um líquido da mulher, contido
nas pernas. Também colhiam (furtavam, com base num falso decreto) o próprio
gozo, ejaculação, esperma...vários líquidos humanos que eram tomados pelos
gólens para que continuassem.
-Tem que queimar isso e não pode mais retirar nada! Ela não
vende, nem doa nada! Não vai ficar sem vitalidade!
Nem ligavam e continuavam o furto, ficavam exaurindo o
pessoal, em nome de um pretenso “tratamento”.
Com o esperma esses monstros eram crescidos, retirados de
várias barrigas, alguns saíam até da garganta, como o monstro “Infinito”...que
mais parecia um calango...
-Ela iria ficar sem
garganta...até que lhe retiraram o monstro...
Para nós era a guilhotina certa, mas falsos humanistas não
queriam aceitar, e fugiam com a criatura sem cérebro.
-Vá para longe! Muito longe! (gritava a Tarant. para uma
aranha com pernas.)
Para nós era sempre recusado isso ou envelheceríamos mil
anos. Falava para seus cabelos brancos que apareciam virtualmente:
-Está sempre recusado!
E os seus cabelos pretos voltavam.
-O Sr. quer criar uns monstros sem cérebro? (perguntavam para
um padre Má)
-Quer tentar nos matar?
-Não pode mesmo!
Eles não tinham cérebro, mas eram “pilotados” por vários. A
partir da presença de uma espécie de cadeira,
em prata, que suportava a parte de trás do corpo. O controlador falava num
microfone, e eles tudo repetiam, então não parecia que eles tivessem algum
problema. Quando se conseguia retirar a tal de “cadeira”, alguns desapareciam
mesmo! Sem deixar vestígios.
Na maioria das vezes se chegava à tal de Valent*., dando
ordens. Era uma grande maldade então
tudo que a máfia fazia.
Chegavam a envolver a vítima, criar todo um clima de sedução,
somente para que fossem às vias, então no ato do prazer, aparecia a dama da Cincup ou outro empregado, com uma louça
prateada, ou com um aparelho, apenas
para lhe seqüestrar aquele líquido...
Outras vezes se chegava à bruxaria, através da clone da Mãe de S*, então tudo continuava sendo uma
grande maldade, fazia-se a amarração entre um elemento do tráfico nada a ver e
outra pessoa dita “normal”; não dava nada certo; então se colocava o tal de
casal numa espécie de “instalação” e uma paixonite intensa surgia.
-Eu só penso em você...
(A rede inteira?)
De tanta paixão, em seguida, acontecia uma sugação dos
líquidos dessa pessoa para manutenção da vitalidade daqueles monstros...
-Ele está me bebendo...
(Não gostaram, os elementos do tráfico, dessa autora, tentavam
lhe “fechar” com azeite queimado e sujo, a mulher sob ordens de algum malvado
tentava isso...mas fora descoberta e morrera, tendo ficado presa em óleo
quente. Não sei se irá voltar...)
Era também a
“ocupação” do fantasiado como padre de apelido furtado de outro padre, o Lebr*!
-J’ai pensé qu’il était
explosé! Comme ça je l’ai volé!!!”
(davas risadas o padre-ladrão)
-(Pensei que ele estivesse explodido e lhe roubei!!)
O Lebr* clone, preferiu outros funcionários e chamou uma da
espécie Ange, talvez uma gólen, de
qualquer forma era ela que agenciava:
-Je veux d’autres
fonctionnaires...je n’a pas aimé ça!!! (quero outros funcionários, não
gostei desses!!!! - e mostrou um grande volume de reclamações de bancários em
greve.)
-On travaille avec des
enfants...
(Nós trabalhamos com crianças.)
-Les golens vont mourir
déjà?
(Os gólens já vão
morrer?)
-Les liquides vont
finir!!!
(Os líquidos vão
acabar...)
-Non, on ne peut pas
les tuer!!! Ces humains!!!
(Não...Não podemos lhes
matar!!! Esses humanos!!!)
...
Em uma casa às proximidades:
-Tá aqui minha
ejaculação...tá? Tá tudo bem...(e entregou-lhe um saco contendo o líquido...)
E foi em outra casa:
-Aqui não tenho nada para lhe doar...não...fique com essa
cobra que tá aqui dentro do meu braço...só tem isso...tem sangue na cobra...
E chegou a dama do Cincup com uma mangueira prateada, não
perguntou nada e já ia lhe enfiando aquilo:
-Ça ne marche plus,
pourquoi?
(-Não funciona mais
porquê?)
A mangueira não chegava nela. O aparelho nem ligava.
-Vetei e não pode mais!!!
-Custa quanto? (perguntou o japonês)
-Não tem dinheiro que pague!!!
-Saúde não tem preço!!!
-Les golens vont
mourrir...-refletiu
o japonês.
-(Os golens vão
morrer...)
Os gólens envelheciam rápido mesmo e não éramos nunca a favor
de tais monstros. Alguns haviam sofrido hipnotismo para acharem que eram
gólens. Mas já era outra situação. Choravam por causa da falta de atenção, de
mingau, de carinho, um abraço, aquele trabalho era muito penoso...exigiam muito
deles.
...
Na sala da administração do banco:
-C’est tout correct!!!
Ils arrivent!!! (festejou o clone-Lebr*, depois da assinatura de um
contrato com a série Ange*)
E conseguiu seqüestrar várias crianças para o trabalho. Seria
o seu exército! Mesmo ela própria não sabia mais quem era...se era uma
instalação, um robô, um gólen, ou uma
“esticada”! Mas não pensava mesmo...e foi embora.
Engravataram as crianças e lá se foram eles. Passaram-lhes
crianças por um aparelho e já saíram de lá maiores, com os seus lá...uns 20
anos...
Se espalharam. Se reuniram com o santo. A porosidade da pele
era diferente, evidentemente que não possuíam digitais. Não era para trabalhar
perfeitamente. O padre realmente tinha medo das máquinas. E não estava lá para
trabalhar...de fato.
E ficaram por lá, lindos, os projetados...nenhum problema na
face, ninguém perceberia...
A Valent* que fazia a guerra, toda magoada, era uma filha
dela, esticada.
PetrinaDhaza, 21/12/2013 14:56:23 e 06/01/2014 às 21:23.
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